Internet das Coisas: Um Desenho do Futuro

A princípio quando falamos de revolução tecnológica, a noção de Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), é um dos assuntos principais. É um fenômeno atual, mas que continua a se desenvolver e vai desenhar nosso futuro de uma forma completamente inédita.

E não é difícil entender o porquê.

Primeiramente suas possibilidades são inúmeras, a Internet das Coisas está transformando nossa relação com a tecnologia, mudando o modo como interagimos com o mundo e, principalmente, o modo como o mundo interage conosco.

É um conceito capaz de mudar não só como nós vivemos, mas também como trabalhamos.

Mas afinal, o que é Internet das Coisas (IoT)?

A Internet of Things, pelo menos como conceito, iria surgir a partir da junção de diversas tecnologias. E o berçário dessa inovação foi o notório Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) no início dos anos 1990. 

Há duas tecnologias importantes que proporcionaram a criação conceitual da IoT – Internet das Coisas. São elas a combinação da Identificação por Radiofrequência (RFID), juntamente com o Wireless Sensor Network. 

Contudo, a denominação de Internet of Things só iria surgir em 1999 com o tecnólogo Kevin Ashton.

De uma forma bem simples, Internet das Coisas é o modo como os objetos físicos estão conectados e se comunicando entre si e com o usuário, através de sensores inteligentes e softwares que transmitem dados para uma rede. Como se fosse um grande sistema nervoso que possibilita a troca de informações entre dois ou mais pontos. 

Dessa forma o resultado disso é um planeta mais inteligente e responsivo. Agora certamente podemos entender melhor como essas coisas funcionam, e como funcionam juntas para melhor nos servir.

Mas afinal, de que “coisa” estamos falando?

A resposta é qualquer coisa. 
Desde um relógio ou uma geladeira, até carros, máquinas, computadores e smartphones. Qualquer utensílio que você consiga imaginar pode, teoricamente, entrar para o mundo da Internet das Coisas.

Eles conversam entre si para nos dar mais conforto, produtividade, informação e praticidade em geral, e seus usos podem abranger:

  •  monitoramento de saúde;
  • fornecimento de informação em tempo real sobre o trânsito da cidade;
  • número de vagas disponíveis em um estacionamento, e em qual direção elas estão;
  • recomendação de atividades, lembretes, ou conteúdo em seus dispositivos conectados.

Coisas do cotidiano se tornam inteligentes e têm suas funções ampliadas por cruzamento de dados. É o que acontece quando um assistente virtual cruza dados dos seus dispositivos conectados para te informar, mesmo que você não tenha pedido, o tempo que você levará para chegar ao trabalho quando você senta no seu carro para sair de casa.

Ele não sabe onde você vai por magia, e sim pela interconectividade dos dispositivos inteligentes à sua volta; ou seja, pela Internet das Coisas. O assistente conhece sua rotina, e dado o horário, dia da semana, sua localização por GPS conexão (ou não) ao Wi-fi de casa, a conexão ao bluetooth do carro no momento específico, e ao fato de que esse cenário se repetiu muitas vezes, ele aprendeu que é muito provável que você esteja indo para o trabalho de carro e te informa quanto tempo você vai demorar para fazê-lo.

Desde 2017 existem mais objetos na internet do que as 7 bilhões de pessoas no mundo, e segundo a Gartner, estima-se que em 2020, 12 bilhões de dispositivos estejam conectados à IoT, o que demonstra a importância de se refletir sobre esse processo.

Na visão dos especialistas

Andy Stanford-Clark, engenheiro na IBM, é um dos idealizadores da Internet das Coisas. Ele diz que nós humanos sempre fomos adeptos a colocar nossa mente e habilidades nos objetos que usamos, quase que como uma extensão da nossa consciência.

Mas quando os objetos começam a responder, e a tecnologia passa a se comunicar de volta de modo ativo, automático e contínuo, a linha entre usuário e o objeto se torna nebulosa.

Como David Rose fala em seu livro “Enchanted Objects”, os objetos são quase encantados e com vida, e são capazes de antecipar as nossas necessidades.

Ele tem uma visão um pouco diferente do futuro: ele acredita que assim como os objetos encantados de contos de fadas e ficção científica vão entrar na vida real.

As histórias dos contos de fadas estão na nossa cultura e falam muito sobre os nossos desejos. Vamos pensar no conto da Branca de Neve como um exemplo.

Lembra daquele famoso espelho que falava com ela? Aquele mesmo que era ativado pela frase “espelho, espelho meu”. Ele sabia dizer quem era a moça mais bonita do reino.

Então agora vamos trazer isso para a nossa realidade: já imaginou um espelho que pode reproduzir as imagens de todas as roupas que você experimentou na frente dele e depois te mostrar uma depois da outra para que você consiga rever, comparar, e escolher qual ficou melhor? Legal, não é?

Internet das Coisas e um mar de oportunidades

A verdade é que certamente a Internet das coisas possibilita inúmeras oportunidades e conexões, muitas das quais não conseguimos imaginar nem entender completamente seu impacto nos dias de hoje.

Os dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, acessórios com sensores, e fones de ouvido para monitoramento de exercício, estão apenas recentemente sendo mais amplamente adotados e usados pelas pessoas. Em suma, estes objetos são clássicos exemplos de dispositivos conectados que integram a Internet das Coisas.

Mas, há várias outras possibilidades que muitas vezes nem consideramos, como peças de aeronaves ou estruturas de plataformas de extração de petróleo e gás que podem ser conectadas à internet para prevenção de acidentes e detecção de problemas em tempo real, por exemplo.

Em geral, se um objeto é um eletrônico, ele tem potencial para ser integrado à Internet das Coisas. Assim, não é difícil de perceber por que esse assusto tem sido tão comentado atualmente, ele certamente abre portas para muitas oportunidades, e, ao mesmo tempo, para alguns desafios.

Internet das Coisas no último século

Durante o último século, porém mais intensamente na última década, nós vimos surgir um campo de dados global.

Os objetos, pessoas e até a natureza, emitiam grande quantidade de dados, nós apenas não conseguíamos ver, ouvir, nem fazer sentido deles.
É comum que pensarmos como, ao longo da história da humanidade, nossa tecnologia avançou o suficiente para que pudéssemos perceber coisas cada vez menores: os átomos, prótons, elétrons, quarks, etc. 

Entretanto, a Internet das Coisas e os dados que geramos é um dos exemplos das coisas gigantes que passamos a ver, entender, e usar a nosso favor com o avanço tecnológico.

É isso que a IoT veio mudar na nossa realidade, porque agora tudo à nossa volta tem inteligência, e está interconectado, de modo que nós passamos a ter acesso aos dados, ou melhor, à informação.
No fundo, tínhamos um mar de dados, que agora somos capazes de colocar inteligência e transformá-los em informação, conhecimento e, no final, em sabedoria.

Conclusão

E uma vez que conseguimos perceber os padrões de todos esses dados, a sociedade vai se tornar mais eficiente, aumentando a produtividade, melhorando a qualidade de vida das pessoas e do nosso planeta em si.
Com isso, podemos gerar novos insights, novas atividades e, claro, fomentar ainda mais a inovação.

Portanto a ponte entre a coleta de dados e o compartilhamento adequado desses dados, com segurança e proteção para todas as partes, permanece um desafio-chave na evolução deste setor. Além disso, é um segmento animador e que devemos acompanhar de perto.

Para deixar ainda mais claro o que a automação e o uso da Internet das coisas faz pela eficiência empresarial, leia também o nosso artigo sobre Internet das Coisas: Um Desenho do Futuro! E saiba tudo sobre as tecnologias que estão mudando o mundo e como a Fractum influencia nesse mercado.

Referência: Villarino, Julia. INTERNET DAS COISAS: UM DESENHO DO FUTURO.  Disponível em: <https://www.proof.com.br/blog/internet-das-coisas/> Acesso em: 25 jan 2020

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